conversadetravesseiro

sábado, fevereiro 16, 2008

Este tem menos graça, mas pouco

Um espectáculo com muita graça, muito bem dirigido pelo mestre Pedro Tochas.
Mais do que um momento de descontracção, uma sessão de risoterapia.
Ao fim de alguns minutos, o riso jorra espontaneamente sem perguntar onde está a graça. Exorciza os nossos males, deixa-nos de alma lavada.
É tão bom rir!
RIR!

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Amar

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e a toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


(poema de Florbela Espanca)

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Tolerância

Tal como os discípulos de Jesus lhe perguntaram: «até quantas vezes perdoar?» pergunto-me muitas vezes, até onde tolerar?
Talvez eu não saiba realmente o que é tolerância, mas quero aprender.
Não tenho dificuldade em aceitar quem pensa ou vive de maneira diferente, pelo contrário, acho que é na diversidade que estão a beleza e a riqueza da humanidade. Acho que aqui a questão da tolerância nem se coloca. Respeito é a palavra.
Entendo que a tolerância é importante pois abre as portas ao perdão, mas imponho-lhe limites.
Por exemplo, quando as atitudes do outro afectam a nossa dignidade. Quando alguém nos maltrata, física ou moralmente, devemos continuar a ser tolerantes? Se alguém não nos respeita, devemos ser tolerantes? Até onde?
Parece-me que quando toleramos o mal, corremos o risco de adoecer. Assim como quando um organismo adquire tolerância a um medicamento.

Ser tolerante nas questiúnculas do dia a dia, claro!
Tolerar a falta de respeito de alguns pelos seus semelhantes e pela natureza?!