A Janela
Vejo-te da tua janela.
Observamo-nos, a uma confortável distância de segurança. Já arriscamos um ou outro encontro de olhares. Foi pacífico.
Acho-te interessante, mesmo sem te conhecer. Ou é pela janela, ou pelo cacto na varanda, ou pelas recordações de Paris. Não sei porquê; mas gostava de descobrir.
Devia ser fácil. Até já falamos algumas vezes. Mas não.
Fora da zona de conforto é muito mais complicado.
Vejo dentro dos teus olhos. E tu, dentro dos meus. Tento mostrar indiferença. É instintivo, estou a fugir.
Será que resulta?
Então, os nossos dedos tocaram-se ao de leve, sem querer.
Nesse momento, podia ter deixado cair a máscara para que me visses. Mas não o fiz.
Será que voltas?
Continuarei a olhar para a tua janela.
5 Comentários:
Lindo! Não fujas, arrisca.
É bom ter janelas... abertas... para arejar.
uau!!
Não resulta. Ponto. Tudo isto é ilusão. Tens qie quebrar as barreiras totalmente despidas do medo para saberes a realidade. Se o sonho pode acabar? Pode. Mas afinal o que queres viver? Ou será que queres viver? Desculpa a frieza... Mas adoro-te.
fugir nunca é solução ... porque será que depois de adultos levantamos tantas barreiras .... nestas coisas deveriíamos ser crianças toda a vida.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial